Tuesday, March 27, 2007

Insolente amor


Marília era exigente. Sempre foi assim, desde os tempos de namoro. Para casar quis festa, jóias, casa. Depois pediu carro, vestidos.
Por ela João roubou, quase matou. Caprichos e desejos que ele atendia sem reclamar.
Acostumada, pediu o mundo.
Ele ofereceu-lhe todo, direto, pela porta da rua.

Foto: Ian Britton

Loba


Nas noites com lua ela ficava agitada e saia logo que a noite vinha. O marido resolveu segui-la e no escuro da rua viu a transformação.
Os cabelos agora estavam soltos, olhos brilhando, boca vermelha. Pêlos eriçados e músculos entesados em suave rebolado.
Quando parou um carro ela entrou libertina.

Foto: Ian Britton